sábado, 17 de junho de 2017

A Alimentação Complementar

Há sempre imensas dúvidas e bastante discórdia acerca deste tema.

Os motivos são vários, os médicos não estão actualizados, as creches não são muito amigos do aleitamento materno, a sociedade impõe uma pressa para a autonomia dos bebés, as mães tem de ir trabalhar e sentem que os bebés não vão ficar bem só com o leite materno....

Ora, a OMS e DGS recomendam:


Assim, era de todo benéfico que se conseguisse respeitar as crianças para a preparação física que comer implica.

Já tentaram comer deitados? Tentem e digam de vossa justiça.

Outra discórdia é sobre o com que começar. Ora a diversidade dá-se através das frutas e legumes, devemos sempre evitar os alimentos processados, assim, as papas devem ser dadas mais tarde, se necessário.


E se uma criança não comer, não devemos nunca insistir! a refeição deve sempre ser um prazer e não uma tortura!

Muitas vezes questiono o que achariam os adultos se lhes fizessem o que fazem ás crianças. A maioria não acharia piada nenhuma!

Há imensas formas de apresentar as refeições ás crianças, e a sopa não é a única forma de comer legumes e verduras! Cozer os alimentos a vapor e deixar a criança pegar e comer sozinha é uma descoberta maravilhosa sensorial e palativa de cores, texturas e sabores.


sexta-feira, 16 de junho de 2017

O Sono dos bebés

Este é daqueles temas que.... são chatos.

Porque o bebé da vizinha à dorme a noite toda, porque não acorda para mamar, porque dorme de dia, ou não dorme de dia, porque as mães precisam de descansar, porque e porque e porque...

Eu começo antes de tudo por aconselhar analisar o que é EXPECTÁVEL e BAIXAR EXPECTATIVAS.

A sociedade é o máximo a reclamar que os bebés tem de ser autonomos e tem de saber e fazer e acontecer, MAS e a realidade? e o que realmente acontece? e o que é normal acontecer?

Conheci no Curso de Amamentação a Andreia Neves que além de ser uma pessoa super doce é Investigadora nas áreas de Medicina do Sono e Pneumologia da Unidade de Pneumologia e Medicina do Sono do Centro Hospitalar de São João, EPE e trabalha no Laboratório de Medicina do Sono do Centro Hospitalar de São João.

Assim, deixo aqui videos informativos de excelente qualidade para que possam começar a entender o Sono dos vossos bebés <3


https://drive.google.com/file/d/0B7S3e5eDr2o2QXZUSm1FN1NmYWc/view

http://porto.amamenta.net/andreia-neves/ 


Depois temos que os bebés são manhosos e acordam a noite toda para mamar, ora, eles não acordam para comer, aproveitam para comer que é diferente :p

Outro ponto importantíssimo e muito pouco valorizado é a necessidade de sono da mãe. Ora, um bebé estava na barriga, comia e dormia quando queria. Não é porque nascem (muitos nem se apercebem) que vão aprender a dormir quando a sociedade acha que se deve dormir.....

Assim, e porque a privação do sono é das piores coisas do início da maternidade, um conselho que vale ouro: A CASA ESPERA, O SONO NÃO. Durmam quando os bebés dormem, dia ou noite.
A casa, garanto que não sai do sitio ;)


Respeitem os bebés e bons sonhos!

Extero-gestação

terça-feira, 13 de junho de 2017

Os bebés e o sol

Chega o verão e os dias de calor e as dúvidas surgem.

Agua?!          
Protector solar!?      
Praia?

Depende da idade dos bebés, e o sol exige muitos cuidados, uma vez que a pele dos bebés é tão fina, tão prematura, tão sensível que um pouco de sol e pode levar a queimaduras :/

Primeiras dicas:


Depois passamos a explicar as principais diferenças entre os protectores solares, deixando a indicação de que TODOS NÓS deveríamos usar os protectores minerais e não os químicos. São mais caros, tendencialmente difíceis de espalhar (o que é mais ou menos suposto pela "camada" que deixa na pele para reflectir os raios) e alguns até mancham as roupas (problema que as marcas ainda tem de resolver).



Água aos bebés? sim ou não?

domingo, 4 de junho de 2017

Choro = birra?

Não!
Os bebés tem apenas uma ferramenta para comunicar. O choro.

Se eles choram é porque estão desconfortáveis, com sono, medo ou fome, com saudades da mamã, com frio ou calor, porque a fralda está a atrapalhar.

OU PORQUE PRECISA DE COLO!

São mil e um motivos que podem levar o bebe a chorar.

Devemos deixar chorar? Não, nunca!

Isso provoca a sensação de abandono, eleva os níveis de stress a pontos que podem provocar danos no cérebro irreversíveis.

Pergunto: algum adulto gosta de chorar? De sentir que não está lá ninguém?
De chorar até adormecer?
Porque havemos de fazer isso aos nossos bebés?

Extero-gestação

sábado, 3 de junho de 2017

O temível peso!

Ai o peso...

Aquele indicador que leva muitas mães ao desespero e muitos médicos que levam a maus conselhos.

Em primeiro lugar é NORMAL um bebé recém nascido perder até 10% do seu peso de nascença nos primeiros 10 dias.

Após isso é começar a recuperar!

Mas depois começa a recuperar e o bebé não larga a mama e parece que está sempre com fome. Isso acontece porque começamos a coincidir com os Picos de Crescimento e de Desenvolvimento dos bebés.

Se um bebé crescer e/ou engordar ESTÁ BOM!

Muito ou pouco o que importa é aumentar! Um ou os dois indicadores ;)

Em caso de "necessidade de suplementação" recomendo sempre a visita a uma CAM ou AL para ser analisada a pega do bebé, como mama, verificar eventuais problemas e dificuldades do bebé.

E há alternativas e taticas a testar antes da suplementação com leite artificial....

Pela saúde dos bebés, vamos informar-nos!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Extero-gestação - hã?!

Para iniciar a extero-gestação compreende o conceito de gestação exterior, ou seja, continuar a crescer fora do útero, no ambiente externo.

Nós somos dos mamíferos que mais indefesos nascem. A nosso par temos os Cangurus, que permanecem na bolsa da sua mãe até (mesmo depois de saber andar) se sentir preparado para enfrentar o mundo exterior.

Se um bebé humano permanecesse na barriga da mãe até à maturação como os restantes mamíferos, a gestação duraria mais 6 meses em média.

Se o bebe humano nascesse já com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não passaria pela pelve estreita da mãe no momento do parto. Ao contrário de outros mamíferos, como girafas e cavalos, o recém-nascido humano é incapaz de andar por um longo período após o nascimento, porque lhe falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo primal de ter um cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e em necessidade constante de cuidado.

Temos um cérebro grande (após o nascimento, o cérebro humano cresce muito rapidamente, mais do que duplicando até atingir 60% do seu tamanho adulto no primeiro aniversário) e este necessita de muitas calorias para se manter; e grande parte do alimento ingerido é gasto em nutrir e gerar calor para as células nervosas. 

O cérebro humano em bebé está ainda muito pouco desenvolvido.

O crescimento do nosso cérebro após o nascimento é mais rápido do que o de qualquer outro mamífero e segue neste ritmo por 12 meses.

A seleção natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo período e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua traduz-se em um estado emocional chamado “apego”.
Em algumas culturas, como na tribo Kung, bebés raramente choram por longos períodos e não há sequer uma palavra que signifique “cólica”. As mães carregam os bebés junto ao corpo, com um aparato semelhante a um “sling”, mesmo quando saem para a colheita. A relação mãe-bebê é considerada sacrossanta, eles permanecem juntos o tempo todo. O bebê tem livre acesso ao seio materno e vê o mundo do mesmo ponto de observação que sua mãe.

A nossa cultura ocidental não permite um estilo de vida idêntico ao de tribos primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos bebés na adaptação à vida extra-uterina.



Nos primeiros 3 meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a ele voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil.

É preciso compreender o que o bebê tinha à sua disposição antes do nascimento, para saber como reproduzir as condições intra-uterinas. O bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe).

A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica profunda "o reflexo calmante". Quando aplicados correctamente, os sons e sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de choro.


Técnicas que PODEM resultar para manter um bebé calmo

1. Embrulho / Swadle



Consiste em colocar uma fralda ou outra peça, contendo os movimentos dos bracinhos, como se estivesse permanentemente a tocar nas paredes do útero.

A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. 

Não devemos esquecer nunca que o bebé quando estava na barriga, estava embrulhado na barriga e em contacto permanente com o liquido amniótico que estimulava e tocava a pele. Sempre, todo o dia, quente, aconchegado e com movimento.

Esta necessidade mantém-se! E já há estudos que provam que o contacto é tão vital como o alimento!



2. Pele-a-pele



Novamente o contacto e o calor. O colo é terapêutico. 

Todos nós, humanos precisamos do toque, do contacto, do calor humano. 

O pele a pele, com a mãe, com um sling ou uma camisola justinha é o melhor que podemos dar aos nossos bebés. Ajuda a regular a temperatura, ajuda a acalmar, evita cólicas, propicia a amamentação, ajuda na recuperação em casos de doença, alivia as dores.

3. Posição de Lado

Como é a posição fetal?


Embrulhado sobre si mesmo, agrupado!

Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.

Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o rabinho encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados).

Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito.

Actualmente especialistas são unânimes em dizer que bebés NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte súbita.

O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é desconfortável.


4. Shhhh Shhhh - O som favorito do bebê

O som "shhh shhh" é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante.

Para bebés novinhos, "shhh" é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio! 

Coloque sua boca 10-20 cm de distância dos ouvidos do bebê e faça "shhh", "shhh". Aumente o volume do "shh" até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude tentar "calar" um bebê choroso fazendo "shh", mas para o bebê, é o som do que lhe é familiar.

Na primeira vez fazendo "shhh", seu bebê deve calar após uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de acalmar o bebê em poucos segundos. É óptimo ensinar isso aos irmãos mais velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.



Para substituir o "shhh", pode-se ligar:

- secador de cabelos ou aspirador de pó

- som de ventilador ou exaustor

- som de água corrente

- um CD com som de ondas do mar

- um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos

- máquina de lavar louças

O barulho do carro ligado também acalma a criança.



5. Balanço

"A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo - movimento, movimento, movimento."

(Frederick Leboyer, Loving Hands)


Quando pensamos nos 5 sentidos - visão, audição, tacto, paladar e olfacto - geralmente esquecemos o sexto sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.

Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebés (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e activa as sensações de "movimento" dentro dos ouvidos, que por sua vez activam o reflexo de acalmar.


Como balançar ?

1. Carregando o bebê num "sling";

2. Dançando (movimentos de cima para baixo);

3. Colocando o bebê num balanço;

4. Dando palmadinhas rítmicas no rabinho ou nas costas;

5. Balançando numa cadeira de balanço;

6. Passeando de carro;

7. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);

8. Sentando com o bebê numa bola de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;

9. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.

Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direcção e cabeça abruptamente ir na direcção oposta.



5. Sucção

No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com frequência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca.

A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorrectamente.

É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está errado.

Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular "negativamente" os pais) não tem sentido. Bebés novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.



Bibliografia:
The Happiest Baby on The Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Tradução de Flávia Mandic
http://hypescience.com/11-fatos-sobre-o-cerebro-dos-bebes/
http://bebe.abril.com.br/parto-e-pos-parto/6-beneficios-do-contato-pele-a-pele-para-a-mae-e-o-bebe/

Alimentação do bebé - 5 meses


Estes são os legumes que numa fase inicial podem ser inseridos aos nossos bebés.

Começar sempre pelo mais básico ABC - abóbora batata cenoura . E fugir sempre dos legumes verde escuro.

Devemos dar sempre os mesmos legumes durante 3 dias e verificar se existe alguma alteração no bebe, para podermos mais facilmente saber se é alergia a algum alimento. Caso não se verifique, avançamos com um novo. No inicio retiramos o ultimo adicionado e experimentamos um novo. Depois de tolerado podemos começar a fazer misturas e novas descobertas.

Aconselho a ir testando as diversas texturas até descobrir qual a que o bebe prefere.



5 meses
batatamaçãpapa 
cenourapêra - max 5 colheres farinha dia
abóborabanana
alface - sobremesa! Não refeição
couve brancasopa
couve flor - até 7 legumes
broculos - azeite em cru no final
hortaliça
penca
feijão verde




Todo este mundo é novo e de descoberta para eles. Contudo não devemos ter pressa na introdução de novos alimentos uma vez que podem levar a sérios problemas no estômago e intestinos para o resto da vida. E infelizmente alguns dos problemas apenas se manifestam anos mais tarde.

A reacção normal dos bebés ao mundo é levar tudo á boca pelas proprias mãos, portanto preparem-se para a sujeira, a sopa espalhada por todo o lado, a colher a voar! É tudo normal! E devemos deixar as nossas crianças se divertirem a comer, porque afinal, comer é um prazer e não uma obrigação!

Tal como o nome indica - ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR - é para ser lido e respeitado. é um complemento ao leite, não o sei prato principal. Assim e quando as nossas crianças nos dão sinais de que já não querem comer mais, não devemos insistir! Eles não comem o mesmo que nós, não comem sempre a mesma quantidade nem no mesmo espaço de tempo, tal como nós. E merecem ser respeitados nesse aspeto.

Devemos também esperar que eles nos dê alguns sinais de que estão prontos para começar a descobrir novos sabores.
* saber sentar e segurar a cabeça
* ter interesse em participar nas horas da refeição
* querer roubar a comida do nosso prato

alimentação complementar

quinta-feira, 1 de junho de 2017

e-lactância

Um site a reter para todas as mamãs.

Aqui podem consultar o principio activo de todos os medicamentos e verificar os efeitos que tem na amamentação.

http://www.e-lactancia.org/

É quase como uma bíblia para as CAM ou AL's.

É aqui que sabemos se determinado principio activo, planta, alimento pode ou não afetar a amamentação.

É aqui que podemos saber se existem alternativas que possam afetar menos a amamentação e o bebé ou se só há aquele medicamento.

Depois, cada um decide o que prefere fazer da sua vida ;)